Viver em São Paulo nunca foi fácil. Nossa cidade, apesar de suas inúmeras contradições e obstáculos, já foi referência de diversidade social, cultural e política, um símbolo de inovação e inclusão. Nossas ruas vibravam com a energia de diferentes culturas, unindo pessoas de diversas origens em um mosaico de oportunidades. A solidariedade e a convivência entre os diferentes impulsionavam nossos desejos de mudanças profundas.
Hoje, São Paulo está irreconhecível, retrocedendo no tempo. O crescimento da extrema-direita está nos levando para um desastre: o brilho da inclusão foi ofuscado pela insegurança, exclusão e degradação. Projetos e políticas excludentes tentam destruir as potências que fazem nossa cidade pulsar. A fome e a violência tornaram-se cotidianas, a cultura é sufocada e a diversidade, perseguida. São Paulo, que já foi símbolo de possibilidades e superação, agora se encontra aparelhada por forças obscuras, marcada pelo atraso, abandono e fragmentação, afastando-se dos ideais progressistas que foram sua marca por muito tempo.
É tempo de mudança.
Se a política institucional segue dominada por homens, brancos, ricos e engravatados que querem que tudo fique como está, isso não irá nos parar. Nossa esperança de novos dias e por um projeto de igualdade se fortalece dia após dia. Em 2024, temos a oportunidade de transformar São Paulo em uma cidade de direitos com Boulos e Marta na prefeitura.
Junto com eles, é preciso abalar as estruturas da Câmara de Vereadores, dominada por fundamentalistas e conservadores que pensam apenas em seus próprios interesses. Precisamos dar força e continuidade ao legado iniciado por Erika Hilton, eleita a vereadora mais votada do Brasil em 2020. Por isso, a House of Hilton apresenta e aposta na construção dessa continuidade com a pré-candidatura de Amanda Paschoal à vereadora de São Paulo.
Amanda, uma travesti babadeira, nasceu na Zona Sul e passou a adolescência em Aracaju, onde iniciou seu ativismo pelos direitos humanos e em defesa do meio ambiente. Uma mulher que teve sua história atravessada pelas inúmeras barreiras e oportunidades que São Paulo proporciona aos seus milhões de habitantes: passou pela exclusão do mercado de trabalho, como a maioria das travestis e pessoas trans, que são empurradas compulsoriamente para a prostituição, informalidade e precariedade. Pessoas que enfrentam, diariamente, violências, descasos e violações de direitos em diversos níveis.
Para construir mudanças e novas soluções, precisamos ocupar a Câmara com pessoas como Amanda Paschoal e Erika Hilton, que conheceram a exclusão e a negação de direitos de perto e, através da mobilização e militância política, conseguiram driblar a transfobia, o racismo, o elitismo e o destino imposto por uma sociedade que nunca esteve acostumada com suas presenças em espaços de visibilidade, poder e decisão.