Há quatro anos, aceitei o desafio de me candidatar a vereadora em São Paulo pelo PSOL. Construímos juntos uma campanha-movimento em um dos momentos mais difíceis de nossas vidas: a pandemia e um governo bolsonarista. Com muita luta, fui eleita a mais jovem vereadora da cidade. Sou uma jovem negra, feminista, LGBT+, servidora pública da saúde e educadora popular da Rede Emancipa.

Ao longo desses quatro anos, fui uma voz incansável contra a extrema direita, em defesa da democracia, dos trabalhadores e dos direitos sociais. Fui responsável por apresentar o maior número de projetos de combate ao racismo na história da Câmara, além de denunciar e ser responsável pela cassação por racismo de um vereador da base do governo.

Nosso mandato esteve presente em muitas lutas, lado a lado, orgulhosamente junto daquelas e daqueles que não se conformam com as injustiças e ataques à classe trabalhadora. Fui autora da Lei “Escola sem Racismo”, que prevê a capacitação de educadores em igualdade racial nas escolas, e do PL “SP sem LGBTfobia”, por um protocolo de combate à violência LGBTfóbica em estabelecimentos públicos e privados. Fui defensora do SUS 100% público e direcionamos mais de 8 milhões de reais em emendas para a valorização dos serviços e profissionais da saúde pública. Nosso mandato esteve na linha de frente na luta contra a privatização das Casas de Cultura; fui autora do PL de criação do “Sistema Municipal de Cultura”, autora da Frente Parlamentar do Hip-Hop e defensora da ampliação do orçamento municipal para a área. Fui a única mulher em 2023 na Comissão da Mulher da Câmara Municipal, denunciando o machismo e a violência de gênero em São Paulo.

Muito foi feito até aqui, por muitas mãos e trabalho coletivo. Sou fruto dessas lutas compartilhadas. Minha formação vem do movimento estudantil, que tanto batalhou por cotas e permanência na universidade, da educação popular da Rede Emancipa, que transforma as vidas da nossa juventude preta e periférica, e da luta das mulheres que mudam o mundo. Vem também da construção de um PSOL ao lado de grandes mulheres, como Sâmia Bomfim e Monica do Movimento Pretas.

Nesses últimos anos na Câmara Municipal, ficou evidente o plano do prefeito e da base do governo: uma cidade abandonada e vendida aos interesses da iniciativa privada, o sucateamento dos serviços públicos, a manutenção da agenda bolsonarista machista, lgbtfóbica e racista. É contra esse plano que lutaremos juntas e juntos.

Por isso, sou candidata à reeleição como vereadora, na defesa de uma São Paulo de quem batalha!